Crise de Integridade
Soube
recentemente que o Distrito Federal que compõe o Plano Piloto e as cidades ao
redor tem cerca de 800 mil evangélicos ou 40% da população. Que diferença isto
faz na sociedade brasiliense? Que diferença faz a grande percentagem de
evangélicos em cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Anápolis e Goiânia
com alto percentual de evangélicos?
O reflexo da
infertilidade social dos evangélicos, e da falta de integridade pode ser
visto na câmara dos deputados e no senado. Com raríssimas exceções, poucas são
as vozes que gritam como João Batista no deserto e dizem a Herodes que ele é um
corrupto!
O Brasil
nesses dias vive as conseqüências da falta de integridade – é de se esperar que
as pessoas que não têm temor de Deus ajam como queiram, sem respeitar o direito
dos órfãos, das viúvas, dos aposentados, mas é inadmissível que muitos membros
da chamada bancada evangélica estejam corrompidos pelo sistema político de
Maquiavel. Tudo bem que na última eleição pra presidente da nação Lula tenha
dito: “Eles não sabem do que somos capaz!” E que a Dilma tenha dito que apelaria até pro Diabo pra ganhar a eleição, mas não se pode admitir essa falta de integridade
naqueles que se dizem nascidos de novo e que nos representam na Câmara Federal
e no senado. Alguns ali na Câmara são pastores, bispos, líderes denominacionais
que entraram no jogo sórdido e sujo das artimanhas de Maquiavel.
Mas, não
podemos condenar apenas os políticos. Algumas das principais lideranças
denominacionais estão presos ao sistema denominacional e tentam se livrar do odor de enxofre satânico que exala das
estruturas podres de suas denominações. Em vez de exalarem o bom perfume de
Cristo, exalam a murrinha do diabo. O mesmo jogo do engano e das sutilezas
políticas invadiu as convenções, os concílios, os sínodos, os presbitérios – dê
o nome que quiser – e transformaram suas denominações num grande partido
político. Quando se reúnem, Deus fica bem distante do plenário!
As pessoas
não cristãs quando olham para as denominações não a veem apenas como igrejas,
mas como partidos políticos; e não respeitam os crentes como discípulos de
Cristo e os têm como militantes de partidos políticos, como daqueles de que
fazem parte.
Viajo
constantemente pelo Brasil e quando perguntado sobre o que faço, respondo que
sou escritor – o que de fato o sou – porque se disser que sou pastor, a pessoa
ao meu lado vira a cara pra janela e não quer mais conversa comigo. Por que? Porque
existe uma classe mal-cheirosa de pastores que rouba, e alardeia seus feitos,
mostra sua ganância em luxuosos aviões, carros caríssimos importados e pela
televisão não se cansam de pedir dinheiro.
Os membros
das igrejas – muitos deles – não são culpados pela corrupção que grassa suas
denominações, porque amam mais a Cristo e até ignoram o sistema de sua denominação. Diferentemente
de seus líderes que tentam escorar as estruturas corroídas de cupim e de imoralidade
de suas igrejas.
Os
evangélicos vivem uma crise de integridade! Precisam se arrepender de seus
pecados. A nação brasileira está do jeito que está porque as igrejas têm uma grande
parcela de culpa elegendo pessoas sem caráter em troca de uma sandália ou de algumas
telhas pra sua capelinha.
O joio
cresceu no meio do trigo e só nos resta esperar a hora da ceifa quando o Pai
disser, “separem o joio, queimem-no, e tragam o trigo para o meu celeiro”. Digo
a você, meu irmão: Não se preocupe com esses imbróglios da política por onde
escorre a maldade, a malignidade, a mentira e a coação.
Consagre-se
mais a Deus; veja menos noticiário político; agarre-se à sua Bíblia e à oração,
do contrário todos nós seremos varridos pelo Tsunami da imoralidade e da nefasta política.
Está na hora
de haver uma grande revolução; não no mundo, mas na igreja; revolução de
integridade e ética. Só assim a igreja, e não os políticos mudarão os rumos de
nossa nação.